“”

Chamarei de achar o momento em que encontrar um meio de saída. Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de entrada? Oh, sei que entrei, sim. Mas assustei-me porque não sei para onde dá essa entrada. E nunca antes eu me havia deixado levar, a menos que soubesse para o quê

Clarrice Lispector
A PAIXÃO SEGUNDO GH

Sobre

MÍNIMO é um conjunto de objetos/dispositivos criados para estimular o surgimento de dramaturgias a partir de sua livre manipulação. Os materiais escolhidos levaram em consideração a simplicidade, o baixo custo, a agilidade de confecção e a possibilidade de replicação. A intenção foi criar brandas próteses para restrições de movimento ou alterações da forma corporal, que provocassem comportamentos de abertura individuais e coletivos. O MÍNIMO detém um aspecto aberto em sua concepção, podendo ser modificado livremente.

Você encontrará a descrição para confecção dos principais objetos, endereços para compra dos materiais e sugestões de jogos e aplicações.

Objetos

As máscaras foram criadas no Adobe Illustrator, programa de computador que permite desenhar e fazer vetorização de imagens. O que possibilita a compatibilidade dos arquivos com máquinas de corte a laser.

O material foi produzido na Makers Manufatura, uma empresa que executa esse tipo de trabalho e se localiza em Benfica, na Rua Francisco Manuel, número 47. www.makers.com.br

Mas máscaras não precisam, necessariamente, serem feitas em processo digital, podendo ser cortadas manualmente. Os materiais são facilmente encontrados em papelarias como a Caçula, Rua Buenos Aires, 261- Centro, ou a Diplomata Papéis, Rua General Bruce, 450B – São Cristóvão.

Utilizou-se meias tradicionais, meias-calças e do tipo três quartos, compradas em grandes cadeias como Lojas Americanas. Optou-se por enche-las com feijão, arroz e milho de canjica.

As lanternas de LED acompanham elásticos para fixação na cabeça, mas podem ser presas a qualquer parte do corpo ou do espaço de trabalho. Foram adquiridas no camelódromo da Uruguaiana, localizado no Centro do Rio de Janeiro. São um objeto cênico muito versátil, que pode ser utilizado em personagens, jogos e cenários.

As esferas de pedras são bons disparadores de jogos de presenças. Seu elevado peso obriga que os participantes estejam atentos durante as manipulações para não se machucarem ou machucarem os colegas. A inércia e a velocidade contribuiem com bem-vindo componente de risco as dinâmicas.

As esferas foram adquiridas na LEGEP Mineração – Avenida das Américas, 16551 – Recreio dos Bandeirantes. www.legep.com.br

As lonas de plástico coloridas podem ser aproveitadas para demarcar espaços de ação, cobrir áreas externar, servirem como cortina, boca de cena, cenário, indumentária e qualquer outra aplicação que vise criar anteparos de modo rápido. O ideal são as que já possuem “ilhós”, furações de metais que permitem a fixação de cordas e elásticos. Um endereço tradicional na cidade para aquisição são as casas de material de construção e segurança do trabalho localizadas no bairro de São Cristóvão. Como sugestão, há a Bragal – R. Figueira de Melo, 358.

Elásticos com ganchos nas extremidades utilizados para prender objetos. Seu uso é muito abrangente e permite adaptação de objetos a realidades distintas de espaço e proposições de trabalho. São encontrados em variedade também no bairro de São Cristóvão. Bragal – R. Figueira de Melo, 358.

Estes blocos são normalmente utilizados durante palestras ou dinâmicas de grupos para o registro de conteúdos. Podem ser úteis desta forma, mas também durante aplicação de desenhos cegos (com os olhos vendados) musicados, construção de indumentária para personagens, produção de sons e outras inúmeras aplicações.

Sugestão de endereço: Caçula Papelaria – Rua Buenos Aires, 261- Centro.

A ideia por trás dos cartões é de oferecer provocações visuais e textuais para dinâmicas. Foram selecionadas imagens que despertassem engajamento e diálogo. Muitas delas apresentando produções de outros artistas, celebridades da cultura erudita e popular, paisagens, registros de violência, carinho ou ambíguas quanto ao sentido. Esta seleção de conteúdo tanto pode ser oferecida pronta, a partir de revistas ou buscas na internet, ou ser parte de uma atividade em grupo sobre determinado tema.

Também foram criadas perguntas que oferecessem o mesmo potencial das imagens. 

Abaixo segue a lista de perguntas criadas:

Qual a distância que te separa do que você mais quer?

Qual o lugar mais longe que você já esteve?

O que muda quando você pode estar sozinho?

O que acontece quando nos olhamos?

O que existe quando você não vê?

O que acontece quando você muda de lugar?

O que você precisa lembrar de esquecer?

O que acontece quando você convive?

O que acontece quando você consente?

O que acontece quando você abre mão?

O que acontece quando você insiste?

O que te separa de você mesmo?

O que você vê quando fecha os olhos?

Por que confiar?

Para que mudamos de lugar?

Para que experimentar?

O material pode ser utilizado para constituir espaços, cenários e indumentárias.

Encontrado em grandes magazines.

As faixas de lycra foram construídas com a intenção de demarcar espaços, criar planos, servir como elemento para jogos e personagens. O material é muito versátil e é facilmente encontrado em lojas de tecido da cidade.

Ampulhetas, compradas ou construídas com garrafas plásticas, oferecem um meio concreto de visualização do tempo. Sua utilização pode delimitar a duração de diversas ações. Um fornecedor regular do material é LEGEP Mineração – Avenida das Américas, 16551 – Recreio dos Bandeirantes. www.legep.com.br

Os cabos de vassoura foram empregados em dinâmicas para construção de cenas, propor jogos sonoros e personagens. Optou-se por cortar o material em 3 tamanhos diferentes e pintar algumas áreas com a cor vermelha. Estas variações naturalmente criam estímulos para uso.